Não sei por que, mas demoro demais para perceber coisas óbvias, ou melhor, muitas vezes, coisas das quais já sei. Já sei que deveria fazer apenas as coisas que quero, coisas que me deixem me bem com a minha própria consciência. Neste ponto, vale uma reflexão sobre a própria consciência, que não é nada além do que aquela vozinha que te diz para não fazer algo, mas mesmo assim você faz e acaba obviamente se arrependendo. Tive o desprazer de sair em um dos dias do carnaval. Foi muito mais impactante do que apenas não ter gostado de estar lá. Estar entre pessoas com as quais não queria estar e ouvir músicas das quais não queria ouvir não foi o bastante para me decepcionar. Minha decepção foi minha, só comigo. Voltando para casa, no metrô, lembrei-me da célebre frase do Nietzsche: "Torna-te quem tu és." Naquele momento, apenas pude pensar em uma coisa: não pertenço a este lugar, não pertenço a essas pessoas, não pertenço a essa música, pertenço a mim. Para ser quem
Um blog sobre tudo e sobre nada. Ensaios, poemas, crônicas, conselhos, tudo em um só lugar.