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Olá, realidade

Imagine-se vivendo uma vida que foi completamente moldada por terceiros, na qual você não tem nenhum controle. Além disso, você descobre que tudo ao seu redor são meras construções. As pessoas  com quem você se relaciona não são de verdade, são atores contratados para estarem ali. Sua esposa, amigos, família e colegas de trabalho não são reais. Por fim, imagine que toda a sua vida, desde o momento de seu nascimento até agora foi transmitida ao vivo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para quem quisesse assistir, em escala mundial. Sua vida é uma série de TV de muito sucesso, por mais sem graça que possa ser.

No filme O Show de Truman, é exatamente isso que acontece. Um homem comum chamado Truman, na casa dos 30 anos, casado com uma mulher comum, com um emprego de escritório comum, começa a se questionar sobre a sua vida e todas as engrenagens sociais a envolvem. Qualquer mudança, por menor que seja, parece impossível de ser realizada e, além disso, sempre desencorajada por todos ao seu redor; ninguém está disposto a ir além, o status quo é sagrado, e qualquer tentativa de quebrá-lo precisa ser impedida.

Em 1995, Steve Jobs deu uma entrevista e um dos assuntos abordados foi, como não poderia ser diferente, a vida. Com toda a sua sabedoria, ele nos ensina que a vida pode ser muito mais do que é quando tomamos consciência de que todas as coisas maravilhosas que existem foram criadas por pessoas que não eram mais inteligentes do que nós e que é totalmente possível nos transformarmos em uma delas. Quando percebemos que a vida não é estática, que o status quo existe para ser quebrado, podemos transformar o mundo que está ao nosso redor. Parece clichê, mas tudo parece impossível até que alguém faça.

O que seria, no entanto, a realidade? Por que o mesmo copo pode ser descrito como meio cheio, meio vazio ou, simplesmente, pela metade? Por que ser mandado embora do trabalho pode ser visto como uma oportunidade de conseguir algo melhor, mais gratificante e, ao mesmo tempo, visto como o fim do mundo? Quem determina como as experiências que ocorrem na sua vida são interpretadas, além de você mesmo?

Ver a vida como algo dinâmico, como algo que está sempre em movimento e que tudo não passa de uma série de experiências nos dá o alívio necessário para fazermos as pazes com o nosso passado e nos dá permissão para olharmos o futuro como algo promissor que pode nos congratular com experiências maravilhosas. E mesmo que não sejam experiências tão maravilhosas assim, tudo bem; não há nada negativo que não tenha um lado positivo. Negatividade e positividade são lados intrínsecos de uma mesma moeda. Vemos o que queremos ver.

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