Pois é, meus leitores. Saudade. Sentimento completamente inútil e evitável, infelizmente. Eu adoraria dizer que sentir saudade é algo bom, algo que me motivasse. Mas a saudade não é algo bom. Saudade é viver num mundo covarde, num mundo sem lugar no mundo.
Quando sentimos saudade de alguém, de alguma coisa, ou de alguma situação, estamos recorrendo a um tempo que não existe no mundo, a um tempo que só existe na nossa cabeça. Recorrer a esse sentimento é uma forma de escape, na maioria das vezes. Como não conseguimos encarar o nosso presente, preferimos recorrer ao passado.
Já parou para pensar que você não controla o seu pensamento? Não? Então deveria. Pensamento é coisa de corpo, não de mente. Corpo e mente são um só. O que você pensa tem a ver com o que você sente. Não controlamos os nossos pensamentos da mesma maneira que não controlamos as batidas do nosso coração, os nossos movimentos respiratórios e assim por diante.
Somos meros reféns das nossas sensações, e se de alguma forma você se pega lembrando de alguém, não se culpe, não controlamos o nosso pensamento.
Para a saudade, o melhor remédio é o presente, o mundo tal como ele se apresenta. Se você não gosta do seu presente, se pergunte como pode mudá-lo. Não sou um desses profetas, não tenho fórmulas prontas para nada. Mas desejo que você mesmo saiba o que gosta, e se entregue a isso. Hoje, agora, no instante de vida que você está vivendo. Se distraia, se ocupe com coisas que gosta.
Não vale a pena viver algo que já existiu no seu mundo e hoje não passa de memória. Algumas coisas duram mais, outras menos. Acostume-se com isso. A realidade pode ser maravilhosa, no entanto, também pode ser algo que te deixa em pânico. Como diria Vinicius de Moraes: que seja eterno enquanto dure.
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