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Mostrando postagens de janeiro, 2016

A fuga

Era uma menina calma e bem resolvida. Apesar de estar no auge dos seus quinze anos, ainda não tinha aprontado nada que justificasse a sua adolescência. Jéssica era muito bonita, loira de olhos azuis, chamava atenção por onde passava.  O grande problema de sua vida, era o convívio familiar. Jéssica era muito pressionada pelos pais, que eram neuróticos, autoritários e não a deixavam fazer nada. Ficava presa no quarto estudando para ser umas das melhores alunas da sala. Era uma situação insuportável para uma simples menina de quinze anos, Jéssica não estava conseguindo lidar com tanta pressão.  Numa segunda-feira, pouco antes da saída da escola, um outro aluno, que parecia mais velho, se aproxima de Jéssica, e diz: - Você está sempre com um ar mórbido, nunca te vi sorrindo.  Ela o olha com um pouco de espanto, e responde: - Não sei se tenho motivos para sorrir.  - Por que? - Nada na minha vida funciona direito. Vivo para estudar e tirar ótimas notas. Parece que nada mai

O mínimo que você precisa saber sobre a moda masculina

Introdução O homem brasileiro se veste muito mal. Isso é uma verdade absoluta, são raras as exceções. E a pior parte é que erramos muito, e erramos no essencial. Esse texto tem como objetivo te dar um ponto de partida, com dicas diretas e que com elas, certamente você vai passar a se vestir melhor, muito melhor. Trago aqui os fundamentos básicos, separei três, que são fundamentais: tamanho, ocasião e bom senso.                        Tamanho Esse é sem sombra de dúvidas, o maior erro cometido pelos brasileiros. Ignoramos essa regra, compramos a primeira roupa que experimentamos, nem ao menos nos damos ao trabalho de experimentar um número melhor. E esse é o segredo. Não importa se você é gordo, magro, baixo ou alto: com um tamanho inadequado, o máximo que você vai conseguir é parecer um balão. Sempre experimente um número/tamanho menor do que o que você está acostumado, sempre. Por exemplo, se você usa G, experimente uma camisa M, ou se você usa 40, experimente o tamanh

O método socrático

Rafael tinha fama de encrenqueiro por todo a vizinhança. Todos sabiam que conversar com ele não era algo nada fácil. Ele articulava todos os movimentos, fazia com que as pessoas tentassem pensar por conta própria, mesmo sabendo do risco que corria fazendo isso.  Numa tarde de domingo, Rafael conversava com Juca, um dos seus vizinhos, com quem tinha inúmeras discussões sobre os temas mais variados. Em determinado momento da conversa, Juca questiona Rafael: - Nossa, a Patrícia é linda, não acha? - Depende, depende.  - Como assim depende? Vai me dizer que você não acha ela bonita? - Digo de novo, depende.  - Você pode ser mais claro sobre isso?  - Você diz que ele é bonita, não é mesmo? - É, foi o que eu disse! - Pois então acredito que saiba o que é a beleza. - Cara, não estou te entendendo. Como você tem a coragem de olhar para ela e não achá-la bonita?  - Eu não disse que sabia o que era a beleza. Você que disse que ela é bonita. Mas como dizer que alguém é bonita sem ao men

A puta e o bêbado

Obs: essa crônica foi escrita em 29/10/2014, acredito que nesse meio tempo meu estilo mudou bastante, sobretudo no quesito palavrões, no entanto, ainda é apreciável. Boa leitura.  Renata, de dia. Paula, de noite. Esses eram os nomes da nossa puta, caro leitor. E na identidade, era Jussara. Uma mulher dada, que não dava por dinheiro, não dava por cobiça. Dava por dar, era uma mulher fácil. Tão fácil que até o Zequinha já comeu. Mas em breve eu falo do Zequinha, adianto que ele é um Zé ninguém na nossa querida história. Durante a história, vou chamar a nossa puta por vários nomes, relativo às horas daquele dia. Por exemplo, se for de dia, a chamo de Renata mesmo, se for à noite, de Paula. Ela passeava pela calçada, era uma calçada imunda, com muitos buracos e cheia de lixo. Eram esses os lugares que Renata costumava andar pela cidade. Não tinha um pingo de classe, não procurava algo de bom, não queria saber de evoluir na vida. O que vinha para ela era lucro. Naquele dia em parti

O affair

Cansado de todas as traições que estava sofrendo há pelo menos um ano, Jorge resolve se afundar na bebida. Ouvia dizer que era um caminho sem volta, mas ele queria pagar para ver. Resolve beber no pé de chinelo da esquina, que era sempre mal frequentado, no entanto, tinha bebidas mais baratas do bairro. Chegando lá, encontra seu amigo Eustáquio e desabafa: - Poxa Eustáquio, eu não sabia que ser traído era tão ruim, tão ruim que nem sei mais o que fazer, estou sem rumo, mais perdido que cachorro de casa abandonado. Eustáquio então se solidariza com a situação do amigo e diz: - Porque não arrumar um affair? - O que é um affair? - Affair é uma espécie de bateria para quando o celular está quase descarregando. Mas no seu caso, é outra mulher! - Eu não quero trair a Vilma! Ela é uma mulher honrada! - A Vilma te trai há pelo menos um ano. E o mais engraçado é que você sabe! - É que não sei com quem que é! O cabra nem ao menos deixa uma pista, parece o Mister M. - Deve te

A teoria não anda de mãos dadas com a realidade vivida pelos professores

O primeiro ponto que deve ser frisado é o múltiplo papel do educador em relação ao educando, uma vez que na realidade brasileira, a qual estamos inseridos, os educandos carecem de muitas necessidades básicas como, por exemplo: a familiar, a psicológica, a social e a cultural. Sendo assim, o professor já encontra uma barreira logo de cara no processo educativo, ele não será apenas um educador, ele também atuará como pai, psicólogo e agente social de muitos alunos, como disse a segunda entrevistada. Nessa perspectiva, vemos que a formação didática não dá conta da formação de um professor, e tal afirmativa foi unanime durante as entrevistas. Todos os dias, os professores enfrentam situações inimagináveis que jamais haviam sido faladas durante a graduação. Como disse o terceiro entrevistado, ele nunca imaginou que teria que dar aula em um quintal de cimento e que teria que improvisar diariamente para conseguir desempenhar da melhor maneira possível o seu trabalho como professor de E