Pular para o conteúdo principal

A realidade é muito mais legal

Atualmente, observar as pessoas em qualquer lugar público pode ser, ao mesmo tempo: estranho, esquisito e até mesmo assustador. Hoje, o mundo é cada mundo, cada um no seu próprio mundo. Pessoas vivendo dentro de uma tela porque não conseguem mais viver o presente, viver o momento. Fugir da realidade é a nova realidade. O presente virou a mensagem que está para chegar, e como ainda não chegou, ficamos presos em um universo virtual de fatos que ainda estão para acontecer. O futuro virou o novo presente. Hoje, estar presente no mundo virtual é abdicar do mundo real. 

Aquele sorriso lindo não pode mais ser visto, você estava ocupado demais olhando o feed de notícias. A flor, o girassol, o coração, a âncora e o fusquinha foram todos ofuscados por algumas polegadas e um pouquinho de radiação. Os cinco sentidos foram substituídos por um sexto: o sentido virtual, seria a virtualização? 

As oportunidades são como um ônibus: para que ele pare, você precisa tomar uma atitude, precisa fazer o sinal. E, de vez em quando, ainda tem que dar uma corridinha para conseguir pegar. Quem foi que disse que seria tudo de mão beijada? Você também tem a opção de não fazer nada, deixar que o ônibus passe, mesmo sabendo que pegá-lo poderia ser uma experiência muito mais interessante. A falta de atitude é uma atitude. É escolher não fazer nada quando algo poderia ser feito. É deixar a oportunidade passar por mero medo de tentar. O presente é assustador para aqueles que vivem no futuro. 

Não controlamos os pensamentos que vêm à nossa cabeça, mas somos livres para interpretá-los e tomar alguma atitude a partir de nossas interpretações. Não sabemos quais serão os resultados das nossas ações, mas se não fizermos nada, não haverá resultado nenhum. 

A ideia da morte, apesar de assustadora em um primeiro momento, é extremamente libertadora, é saber que não temos nada a perder e que a vida não é nada além de uma sequência de experiências. Por que evitá-las, já que são as únicas coisas que temos e que nos fazem ser quem somos? Vive-se a vida vivendo; não pensando no que poderia ter sido vivido. Para ser, é preciso estar disposto a fazer: torna-te aquilo que és. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É melhor deixar os livros deitados ou em pé?

Nesse post, falarei sobre como você deve guardar os seus livros. Sei que muitos não tem o espaço que gostariam para guardar seus livros, mas os guarde empilhados só em ÚLTIMO caso. Os livros estragarão se eu os deixar embilhados? Sim. Essa é a resposta, curta e direta. O motivo é simples: com o peso dos livros que ficam em cima, os livros que ficam em baixo terão as suas folhas, capa e lombada danificadas com o passar do tempo. E todos nós sabemos que os livros não são objetos baratos aqui no Brasil, então, podendo conservá-los, por que não? Outro fator interessante, será a dificuldade para pegar o último livro da pilha. Já viu como é chato ter que pegar aquele último livro da pilha? Às vezes vejo fotos de pessoas que fazem uma pilha de livros enorme, do tamanho de uma pessoa. Mesmo que só para um foto, não façam isso, estão estragando os seus próprios livros. Caso realmente não tenha jeito, empilhe os livros no formato de pirâmide, como na foto: O que é possíve

O que Charles Bukowski quis dizer com o seu Don't Try

Tanto em inglês como em português, o verbo tentar pode ser transitivo como intransitivo. No entanto, a frase do túmulo de Bukowski é transitiva, mas sem complemento. Ou seja, o verbo try em don't try precisaria de um complemento, como it , por exemplo. Obviamente, o autor fez isso de propósito, deixou a ideia de não tentar em aberto, não tentar o quê, exatamente? Eis o grande mistério.  Bukowski não era o tipo de pessoa que ficava se preocupando muito com as outras, sua principal preocupação era ter uma máquina de escrever para parir suas ideias. Tendo feito isso, ele se preocuparia em ter uma bebida, cigarros e talvez uma mulher ao seu lado.  Seguidor do lema "os homens mais fortes são os mais solitários", Bukowski não era o tipo de cara que se sujeitaria a ter sangue de barata, com ele, era na base do vai ou racha. Ter muitos amigos ou poucos não fazia a mínima diferença, já que sabia que apesar de tudo, a sua própria companhia era o mais importante.

Como deixar os livros em pé mesmo tendo poucos livros

Hoje falarei para aquelas pessoas que estão começando a comprar livros e ainda têm poucos. Ou para aqueles que já têm muitos e por algum motivo deixam uma meia dúzia descartada num canto, empilhados.  Como organizar esses livros de uma maneira em que eles fiquem em pé, mesmo não tendo uma estante para apoiá-los? A resposta é simples: você vai precisar de algum pote antigo, copo, garrafa, enfim, algo que tenha peso suficiente para suportar o peso dos livros. Para tornar o objeto escolhido por você mais pesado, você pode colocar grãos de feijão ou arroz dentro do objeto.  Aqui vale também a criatividade. Uma garrafa ou um pote antigo podem ser reformados, pintados ou reciclados para ter uma aparência mais atrativa. Não tem muito segredo, nesse ponto, o mais importante é usar a criatividade para personalizar o objetivo da maneira que te agrade.  É perceptível como uma nova arrumação muda todo ambiente em que os seus livros se encontram, ficam até mais agradáveis de se a