Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2019

Refletindo sobre as redes sociais

Compre na Amazon por meio deste link:  https://amzn.to/30RhbKD Livro Minimalismo digital:  https://amzn.to/3ljQCp7 Ler Minimalismo Digital foi um choque de realidade para mim. O senso comum diz que a tecnologia não é boa ou ruim em si, que tudo depende da maneira que você usa. O autor, no entanto, baseado em inúmeras pesquisas, nos diz exatamente o contrário: sim, as redes sociais foram de fato projetadas para nos viciar. A matemática é simples: quando mais tempo alguém passa numa rede social, maior é a probabilidade de comprar um produto que está anunciado na plataforma. Empresas como Facebook, Instagram e Twitter lucram bilhões com o que temos de mais valioso: nosso tempo. Parar para analisar e refletir o tempo que perdemos usando as redes sociais não só é importante como fundamental. Precisamos voltar a fazer o que nos faz bem e não apenas o que ficamos viciados em fazer. A palavra “vício” pode parecer forte, mas é essencialmente do que se trata. Bilhões foram e são inves

Enquanto as palavras falam, as intenções gritam

Compre na Amazon por meio deste link:  https://amzn.to/30RhbKD E quantas vezes você não se pegou tentando adivinhar coisas que já estavam totalmente claras ou até contando mentiras para si mesmo para tentar tapar o sol com a peneira. Um dia você acorda e percebe que tudo era uma doce ilusão criada apenas para deixar a realidade nua e crua dos fatos um pouco mais suportável. As intenções revelam o que as palavras tentam esconder. Aprender a ler intenções em vez de palavras parece ser uma rota mais segura na esburacada estrada das frustrações. Falsas esperanças, por fim, tornam-se o que são. Intenções ensinam-lhe a enxergar o óbvio, ou será que você já esqueceu? Em um momento de coragem, você conhece alguém interessante, pega o contato da pessoa, a chama para sair e ela diz que não vai dar, mas em nenhum momento propõe um outro dia para o encontro. Você, ingênuo, acha que ela simplesmente não podia sair contigo naquele dia, tenta novamente e obtém a mesma resposta, mais um “não

Olá, realidade

Imagine-se vivendo uma vida que foi completamente moldada por terceiros, na qual você não tem  nenhum controle. Além disso, você descobre que tudo ao seu redor são meras construções. As pessoas  com quem você se relaciona não são de verdade, são atores contratados para estarem ali. Sua esposa, amigos, família e colegas de trabalho não são reais. Por fim, imagine que toda a sua vida, desde o momento de seu nascimento até agora foi transmitida ao vivo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para quem quisesse assistir, em escala mundial. Sua vida é uma série de TV de muito sucesso, por mais sem graça que possa ser. No filme O Show de Truman, é exatamente isso que acontece. Um homem comum chamado Truman, na casa dos 30 anos, casado com uma mulher comum, com um emprego de escritório comum, começa a se questionar sobre a sua vida e todas as engrenagens sociais a envolvem. Qualquer mudança, por menor que seja, parece impossível de ser realizada e, além disso, sempre desencorajada por todo

A vida é o que é

Às vezes você está apenas cansado, simples assim, como piscar os olhos. As coisas vão se repetindo numa espécie de loop infinito, é o eterno retorno de Nietzsche, diriam alguns. Você olha ao redor e faz a pergunta mais temida de todas: "o que é que eu estou fazendo aqui?" Não é que as coisas não fazem sentido, é que você não consegue ver sentido nelas . Perder a capacidade de se decepcionar é, ao mesmo tempo, de uma tristeza profunda e de uma liberdade infinita. É triste porque você abre mão de ter esperança; é libertador porque você sabe que não tem jeito. Você pode escolher se estressar infinitamente com alguém babaca, mas também pode aceitar que essa pessoa é assim e que não mudará. Aceitar e entender que "fulano é assim, o que mais você quer, não dá para esperar nada de diferente dele" ou, simplesmente: "é isso aí." Há dois caminhos: um liberta; o outro, aprisiona.  Queremos que as pessoas mudem porque nos importamos com elas. Importar-se no s

Dialogando comigo mesmo

E eis que você resolve escrever. Antes de colocar o lápis (lapiseira) na mão, sempre me vem à cabeça aquele pensamento se devo ou não escrever naquele momento. A decisão, no entanto, tem sido pela escrita. Dando continuidade a um de meus últimos textos, percebi que escrever é a melhor maneira de dialogar comigo mesmo, nada organiza tão bem meus pensamentos como um lápis, uma folha de papel e uma ideia a borbulhar. Quando você percebe que é o próprio ato de escrever que lhe deixa motivado para escrever, tudo muda. Não é sobre estar motivado, é sobre escrever. Escrever como forma de motivação. A maturidade vem de um longo e árduo processo que exige, sobretudo, uma dose ímpar de humildade. Para amadurecer, antes de tudo, é necessário que haja muita autorreflexão. É olhar no espelho e não ver um rosto, mas a alma. É, antes de pensar em qualquer qualidade, pensar em um defeito. É ser capaz de enxergar algo positivo em quem só transmite negatividade. É achar uma garrafa vazia boiando e

A realidade é muito mais legal

Atualmente, observar as pessoas em qualquer lugar público pode ser, ao mesmo tempo: estranho, esquisito e até mesmo assustador. Hoje, o mundo é cada mundo, cada um no seu próprio mundo. Pessoas vivendo dentro de uma tela porque não conseguem mais viver o presente, viver o momento. Fugir da realidade é a nova realidade. O presente virou a mensagem que está para chegar, e como ainda não chegou, ficamos presos em um universo virtual de fatos que ainda estão para acontecer. O futuro virou o novo presente. Hoje, estar presente no mundo virtual é abdicar do mundo real.  Aquele sorriso lindo não pode mais ser visto, você estava ocupado demais olhando o feed de notícias. A flor, o girassol, o coração, a âncora e o fusquinha foram todos ofuscados por algumas polegadas e um pouquinho de radiação. Os cinco sentidos foram substituídos por um sexto: o sentido virtual, seria a virtualização?  As oportunidades são como um ônibus: para que ele pare, você precisa tomar uma atitude, precisa faz

Escrever para refletir

Nestes últimos dias, ouvi que para ter uma opinião sobre algo, antes de tudo, é necessário que se escreva sobre o objeto a ser opinado. Sendo assim, quando não paramos para escrever sobre o que queremos ter uma opinião, o que nos resta são pensamentos soltos, muitas vezes desconexos e, no geral, apenas repetimos frases prontas, senso comum. Vale a reflexão: só se reflete ao escrever. Escrever é aprofundar-se nos pensamentos que outrora estavam separados, desconexos, soltos. É juntar os retalhos para fazer a colcha. A escrita, no entanto, não é o objeto de reflexão de hoje; gostaria de refletir sobre a vida. Vale ressaltar que não há melhor forma para refletir senão escrever. Não se reflete sobre a vida na cama, antes de dormir; no máximo, se pensa sobre a vida. Refletir, portanto, é uma forma aprofundada de pensar, ou melhor: refletir é pensar com o lápis na mão. Até mesmo Sócrates e Jesus Cristo, que passaram seus ensinamentos oralmente, só influenciam até hoje a civilização

As minhas três verdades

Ao término de cada entrevista, Lewis Howes faz aos seus convidados uma pergunta extremamente filosófica, de fato, uma das mais profundas que já ouvi até hoje: hoje é o seu último dia na Terra, você conseguiu alcançar tudo o que sempre quis, entretanto, de repente, todo o conhecimento que produziu sumiu do mundo, você só tem uma folha de papel e tem que escrever as suas três verdades, três mensagens que gostaria de deixar para a humanidade, quais seriam elas?  Baseando-se nisso, seguem as minhas três verdades: 1. Aprenda a aprender: Aos 16 anos, li o meu primeiro livro de autoajuda. Não sabia o que era autoajuda, nunca tinha ouvido falar desse termo. Achei no Google um PDF muito mal escaneado e comecei a ler. O autor da obra, ainda na introdução, pede uma única coisa para seus leitores: que tenham um desejo ardente para aprender as lições. Apenas isso: esteja disposto a aprender.  Tal conselho pode parecer pueril, mas é a essência de todo aprendizado: sem ter a humildad

Caminhando pelo deserto

Confesso que hoje não estou escrevendo por vontade, mas por necessidade. Em alguns momentos da vida, o único caminho que se mostra seguro é atravessar o deserto. Com isso, não estou dizendo que devemos nos isolar do mundo, mas sim, que devemos ter momentos para nós mesmos, momentos de solitude.  Estive, por um bom tempo, evitando escrever. Não por falta de necessidade, mas de vontade. E, por mais incrível que pareça, escrevo hoje por nada além de necessidade. É chegada a hora de fazer as coisas que tenho evitado, que, no entanto, melhorariam significantemente a minha existência. Vivemos em um mundo de distrações, não paramos mais para sofrer, não encaramos o sofrimento de frente. Substituímos o crescimento que um período de dificuldade nós traz por meras mensagens (em sua maioria, sem significado nenhum), vídeos e fotos. Sempre compartilhar, nunca refletir.  Recentemente, me vi envolvido com uma menina. Conhecemo-nos no Instagram, fomos para o WhatsApp, até que marcamos e fomo

O carnaval

Não sei por que, mas demoro demais para perceber coisas óbvias, ou melhor, muitas vezes, coisas das quais já sei. Já sei que deveria fazer apenas as coisas que quero, coisas que me deixem me bem com a minha própria consciência. Neste ponto, vale uma reflexão sobre a própria consciência, que não é nada além do que aquela vozinha que te diz para não fazer algo, mas mesmo assim você faz e acaba obviamente se arrependendo. Tive o desprazer de sair em um dos dias do carnaval. Foi muito mais impactante do que apenas não ter gostado de estar lá. Estar entre pessoas com as quais não queria estar e ouvir músicas das quais não queria ouvir não foi o bastante para me decepcionar. Minha decepção foi minha, só comigo.  Voltando para casa, no metrô, lembrei-me da célebre frase do Nietzsche: "Torna-te quem tu és." Naquele momento, apenas pude pensar em uma coisa: não pertenço a este lugar, não pertenço a essas pessoas, não pertenço a essa música, pertenço a mim. Para ser quem