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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Charles Bukowski - Eu nunca estive sozinho

Eu nunca estive sozinho. Eu estava num quarto — Eu tive vontade de me matar. Eu fiquei depressivo. Eu me senti horrível — principalmente horrível - mas eu nunca achei que uma pessoa poderia entrar naquele quarto e me curar daquilo que estava me angustiando... ou qualquer que fosse o número  de pessoas que entrasse naquele quarto. Em outras palavras, a solidão é algo que nunca me angustiou porque eu sempre tive esse desejo de estar sozinho. Estando numa festa ou num estádio lotado de pessoas brindando por algo qualquer, eu me sentirei sozinho. Citando Ibsen, "Os homens mais fortes são os mais solitários." Eu nunca pensei, "Bom, alguma loira gostosa vai vir aqui e foder comigo, esfregar as minhas bolas e eu vou me sentir bem." Não, isso não vai ajudar. Você sabe o que eles dizem, "Nossa, é sexta-feira à noite, o que você vai fazer? Vai ficar aí sentado?" Bom, vou. Porque não há nada lá fora. Isso é uma estupidez. Pessoas estupidas se misturando com outras

Charles Bukowski escreveu essa carta sobre largar a vida de 9 as 5 há trinta anos atrás e agora é mais relevante do que nunca

Charles Bukowski – ou Hank, para os íntimos – é conhecido como um dos melhores escritores americanos, mas você sabia que ele era um operário que tinha um grave problema alcoólico antes de se tornar um escritor famoso? A vida de um bêbado parasita literário que ele criou é algo que foi experienciado por ele mesmo, em primeira mão, pelos muitos anos que ele gastou realizando trabalhos improvisados (bicos) e trabalhando para o Correio dos Estados Unidos. Ele descreve o trabalho como esmagador de alma, entorpecedor e qualquer outro adjetivo que você possa pensar para descrever um trabalho mundano, repetitivo e que paga apenas um salário mínimo.  Não é uma surpresa que quando tinha quarente e nove anos, Bukowski tenha ficado muito grato quando o editor da Black Sparrow Press, John Martin, ofereceu a ele $100 por mês para trabalhar como escritor na condição que ele largasse o emprego no Correio e que Bukowski trabalhasse para ele em tempo integral. Bukowski expressa sua

Só dá para ensinar a quem quer aprender

Estive conversando recentemente com uma colega minha, que tem inúmeros problemas emocionais e apesar de saber disso, finge ignorar tal fato. Problemas como baixa autoestima, complexo de inferioridade, dar valor demais à opinião alheia são alguns exemplos. Como bom psicólogo de boteco, eu ofereci uma solução prática, direta e aplicável. Mandei um áudio de três minutos, dando todo o meu apoio e falando sobre tudo que eu achava que deveria ser feito. Ela ouviu e simplesmente ignorou, disse que seria melhor falar de outras coisas, já que aquilo era um assunto íntimo seu. Cada vez aumento a minha certeza de que as pessoas gostam de viver paradoxos. Sabem que têm algum problema e ao invés de enfrentá-lo, preferem fingir que esse problema não existe, ou fogem dele, tendo medo encará-lo de frente. Quanto mais se cava, mais coisa podre se acha. Somos um poço de problemas sem fim. No entanto, alguns problemas quando não solucionados, causam danos que vão se prolongando ininterruptam

Nunca dependa dos outros

Chego à faculdade e percebo que tinha esquecido o trabalho, que deveria ser entregue junto com a prova. Começo a procurar em todos os lugares possíveis, nada. Nem sinal do bendito trabalho. Comento com uma colega sobre o que aconteceu e resolvo ligar para o meu pai, mesmo sabendo que ele tem um conhecimento é equiparável ao de um cachorro quando o assunto é tecnologia. Como eu tinha feito o trabalho, mas não tinha enviado para nenhum outro lugar (nem e-mail, Google Drive, WhatsApp, nada), ele teria que fazer todo o processo. Ligar o computador, abrir o Google Chrome, entrar no Gmail, anexar o arquivo e enviar. Parece muito fácil para quem tem lá pelos seus vinte anos, certo? Certo. Mas não para uma pessoa com mais de cinquenta. Pois é, mesmo comigo explicando todo o processo, ele não conseguiu realizá-lo. Durante a ligação, essa minha colega veio com a minha mochila nas costas (um amor, não?) e me disse que o professor mudou a sala em que a prova seria realizada. No meio do ca