E daí ficar em casa num sábado à noite? E daí ver casais felizes na rua e ter uma vaga lembrança daquela pessoa especial? E daí perceber que a sua solidão não pode ser compartilhada? E daí se você perceber que apesar de todos tentarem te ajudar, no fim das contas, é você que toma a decisão final?
Eu queria me salvar, quis fazer isso por um bom tempo. Ainda faço. Mas a pergunta que me vem é: me salvar de que? De quem? Do que?
O tempo passa e você acaba percebendo que mesmo estando entre mil pessoas, está sozinho. Sozinho. Atualmente ficamos tanto tempo na internet porque não conseguimos suportar a vida que temos. Temos os piores vícios. Não temos mais motivos para sorrir de verdade.
Somos carentes, sempre achamos que precisamos de alguém. Achamos que quando tivermos aquela pessoa especial aparecer, tudo vai mudar, de repente. Mas não nos damos conta que somos essa pessoa especial.
Auto ajuda não faz meu estilo. Não quero dizer "vamos lá campeão, você consegue, você é especial, é só pensar positivo." Porra nenhuma. A vida não funciona assim. Temos muitos momentos de tristeza e alguns poucos de alegria.
Encare a vida como ela é, como ela se apresenta. Aceite o fato que as coisas acontecem porque você as procura, direta ou indiretamente. Não existe acaso. Existe ação. Leia um pouco sobre o Existencialismo. Faça alguma coisa para melhorar isso que você chama de vida.
Se você se sente sozinho, é porque está sentindo a vida. Se distraia, mas se distraia com coisas que você gosta. Não importa o que sejam essas coisas. É claro, se forem coisas que te acrescentem, melhor ainda. Jogue videogames, mas também separe tempo para correr, para estudar inglês.
Odeio fórmulas, mas acredito que o melhor jeito de driblar a solidão é se distraindo. Anote o que realmente te faz esquecer como a vida é cruel.
A vida é curta. A morte é eterna.
Tchau.
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